quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Oficinas Dança UnB!

O Projeto Dança Unb! Ver, Pensar, Mover realizará cursos com certificado de Extensão da Universidade de Brasília no Centro de Dança da Universidade. Informações abaixo.

1- Técnica Clássica de Dança (Com Fauzi Mansur)

3/9 a 28/11 – quartas e sextas – 18h às 19h

O curso tem por finalidade apresentar uma visão teórico-prática da técnica clássica e sua relação com o desenvolvimento da consciência corporal a partir dessa abordagem. Trata-se de apresentar os fundamentos e princípios que norteiam a construção da teoria da técnica clássica, assim como de propiciar a experiência da movimentação corporal sob a orientação desses princípios e fundamentos.

O curso destina-se a alunos, professores e funcionários da UnB, assim como a pessoas da comunidade que tenham interesse em buscar o desenvolvimento de uma consciência corporal a partir dessa técnica. Em termos de pré-requisitos, preferencialmente pessoas que possuam familiaridade com a dança ou, ao menos, pessoas que possuam familiaridade com a atividade física em geral.

Roupa adequada à prática de atividade física, preferencialmente com o uso de sapatilha de meia-ponta.

2- Dança Contemporânea (Com Laura Virgínia)

3/9 a 26/9 – quartas e sextas – 19h às 20h


O objetivo dessa oficina é iniciar o estudante ao universo da dança contemporânea, como forma de apresentação de performance. Aulas práticas de movimento, estruturas/roteiros de improvisação, voz, composição espacial e teóricas com exibição de vídeos e diálogos/discussões de textos relacionados à performance. Iniciação da estética da dança contemporânea de forma teórico-prática por processos vivenciais. Aulas teóricas e aulas práticas dialogando sempre com a investigação da performance como espaço de representação da linguagem da dança contemporânea.

Forma e Conteúdo

Introduzir os alunos em quatro fundamentos da Dança Contemporânea:

1) Forma;

2) Conjunto;

3) Contagem de tempo;

4) A fala.

A voz do Corpo

Normalmente a voz é trabalhada separadamente do corpo:

1) Circulo de respiração;

2) Fonador e movimentador;

3) Tudo de uma vez: som e movimento;

4) Som e movimento na diagonal;

5) Estrutura de performance: solo de som e movimento.

Um caminho para proceder: corpo, imaginação e memória

A improvisação está ligada com o comportamento da mudança. Tudo muda de maneira rápida, passo a passo, bruscamente ou de forma tranqüila e devagar.

A consciência do corpo passa por 3 procedimentos: mudança, transformação e desenvolvimento. Que são habilidades utilizadas na performance.

Composição

Uma improvisação é uma série de ações. Compor se refere a inventar estas ações, suas relações um com o outro, sua ordem e seu desenho espacial. Uma composição é uma informação organizada. Para esta informação ser clara, cada ato dever ser percebido distintamente do outro. O contraste permite a percepção da distinção.

A linguagem do Corpo

“Texto” é um corpo de palavras

“Narrativa” é a expressão vocal do texto

Ação da Fala é feito quando ‘criamos’ uma linguagem centrada no corpo e na respiração.

Transformação

Os alunos são convidados a se moverem pelo meio de suas capacidades mais complexas mantendo a consciência.

1) Um fonador, todos se movem;

2) Focos e posições;

3) Transformar conteúdo somente movimento;

4) Transformar conteúdo em som e movimento;

5) Transformar conteúdo em frase e gesto;

6) Estrutura da performance: Um - sobrepondo

Ação da Fala acontece quando a consciência está em tudo que se movimenta.

Imaginação

Habilidades trabalhadas nesse aula: equilíbrio, coordenação, viajar através do espaço, ritmo, consciência corporal, controle, consciência quando outro se move rapidamente e identificar e isolar partes do corpo.

Quando o aluno não hesita a experiência, ele vivencia os detalhes e pode até habitar um sonho.

3- Dança Criativa (Com Alexandre Nas)

1/10 a 28/11 – quartas e sextas – 19h às 20h

Laboratório de improvisação sob a perspectiva do modelo de análise estrutural de Laban/Dunlop. LMA (Laban Movement Analyses), segundo a codificação de Irmgard Bartenieff, nos EUA, que registra as qualidades mais importantes ou elementos mais enfatizados em cada movimento e inclui os fundamentos Corporais Bartenieff. Essa abordagem funciona com um meio sígnico multiplicador, em que os intérpretes relêem a partitura com liberdade para recriar vários de seus elementos, porém mantendo sua característica principal a cada momento. Além do desenvolvimento das habilidades de registro o método promove a exploração de cada conceito de movimento coreograficamente, desenvolvendo consciência corporal sem dissociar corpo e mente, sensação física e processo cognitivo. Para tanto, organiza-se em estudos com quatro bases: Corpo, Expressividade (Effort), Forma e Espaço.

Os estudos coreológicos objetivam promover e possibilitar a pesquisa prática da dança, através da articulação e do debate dos aspectos e fatores considerados peculiares à dança: métodos e processos de criação, a performance (desempenho técnico e interpretativo dos artistas), a recepção, o meio de expressão, o tratamento coreográfico, métodos de documentação.

Estes estudos, não buscam definições singulares de termos, mas o diálogo comparativo que mostra como estes têm sido diferentemente usados por diversos artistas em diferentes momentos.

Os estudos coreológicos objetivam promover e possibilitar a pesquisa prática da dança, através da articulação e do debate dos aspectos e fatores considerados peculiares à dança: métodos e processos de criação, a performance (desempenho técnico e interpretativo dos artistas), a recepção, o meio de expressão, o tratamento coreográfico, métodos de documentação.

Estes estudos, não buscam definições singulares de termos, mas o diálogo comparativo que mostra como estes têm sido diferentemente usados por diversos artistas em diferentes momentos.

Um dos estudos básicos dentro dessas possibilidades diz respeito ao modelo estrutural de análise do movimento, na codificação realizada por Preston- Dunlop, que tem formato de estrela e articula cinco fatores intrínsecos do movimento, da seguinte forma resumida:

1. O conhecimento do corpo e de suas partes: articulações (pulso, cotovelo, joelhos etc.), membros, (pernas, braços, pés etc.), superfícies (frente, costas etc.).

2. O conhecimento das possíveis ações: (saltos, torções, gestos, pausas, deslocamentos, expansões, recolhimentos, quedas, inclinações, giros, transferências de peso e movimento não específico).

3. O conhecimento da utilização do espaço: níveis (alto, médio e baixo), planos (altura-largura, profundidade-largura, profundidade e altura), tensões espaciais, progressões, projeções e formas.

4. O domínio das dinâmicas: Qualidades: peso (forte ou fraco), tempo (súbito ou sustentado), espaço (direto ou flexível), fluência (livre ou controlada); Ritmos: impulso, impacto, balanço, “rebound” e contínuo.

5. O conhecimento e domínio das diversas possibilidades de relacionamentos (aproximar, afastar, tocar, carregar, focar etc.).

O Objetivo dessa oficina é romover a compreensão/vivência dos princípios básicos do corpo em movimento sob a perspectiva do modelo estrutural Labaniano.

Estimular processos de criação cênica, em suas diversas dimensões (gerar, interpretar, explorar, selecionar, avaliar e estruturar), pelos alunos, a partir das experimentações com as estruturas matriciais do citado método. Também serão abordados os conteúdos dos elementos do modelo estrutural de análise do movimento (corpo, ações, espaço, dinâmica e relacionamento) em processos criativos.

4- Corpo, comicidade e performance. (Com Magno Assis)

6/9 a 2/10 – terças e quintas – 18h às 20h

4/10 – sábado – 14h às 18h

A oficina vai enfocar as ferramentas que o artista cênico dispõe para o ato criativo desde a composição corporal do personagem, passando pela indumentária, maquiagem à objetos e situações cotidianas.

Trata-se de uma proposta de teatro performático que utiliza para a criação do enredo da personagem e do diálogo (mudo) elementos chocantes do ilógico, com o objetivo de produzir diretamente o desatino e a falta de soluções em que estão imersos o homem e a sociedade.

De maneira pitoresca, as personagens serão inseridas em situações em que a segurança de sua vida cotidiana se vêem repentinamente em perigo, assim, pretende-se ridicularizar as situações mais banais retratadas de forma tangível, mimética e cômica na solidão do ser humano e a insignificância de sua existência.

Os alunos irão experimentar o personagem em situações cômicas, absurdas e non-sense no cotidiano, no entanto sem a espetacularidade de uma apresentação cênica, neste caso, apenas os atores de fato sabem que de fato há uma encenação, as intervenções performáticas elaboradas pelos alunos serão experimentadas em espaços públicos ao final da oficina.

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