quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ouvindo um Solo de Violoncelo Em Uma Boa Noite de Verão


Soraia Silva

Dançaintermediação

apresenta:


Ouvindo um Solo de Violoncelo Em Uma Boa Noite de Verão

Trilogia poemadançando:

§ Boa Noite

§ Eros Impromptus: Crotoxina 70

§ Ouvindo e dançando um solo de violoncelo

Performances de dança no 7º Encontro Internacional de Artes e Tecnologia, realizado pelo Museu Nacional e Complexo Cultural da República e pelo Programa de Pós-Graduação em Arte da Universidade de Brasília – UnB.

Quando: 1º a 4 de outubro de 2008

Onde: Auditório do Museu Nacional e Complexo Cultural da República (Esplana- da dos Ministérios)

Entrada Fraca

Indicação livre

Soraia Silva propõe com essa trilogia uma releitura de poemas de Castro Alves e Gilka Machado e referências coreográficas volusianas transpostas para a atualidade. Questões como brasilidade, feminino, sensualidade, ritmo de samba, brejeirice, transe, miscigenação que já são deflagradas no poema de Gilka e na cena de Eros, aqui recriadas. Com essa trilogia de performances, um experimento de dansintermediações, busca-se o encontro da dança, da música, da poesia e da animação cenográfica, na celebração das complexidades distintas das linguagens, em suas realiza-ações desarraigadas dos sentidos primeiros, de suas distâncias e incomunicabilidades. Para performance Boa Noite, Soraia Silva e Eduardo Lopes se tornaram parceiros de criação em Évora – Portugal, onde ele é professor do departamento de Música da Universidade de Évora. Lopes é doutor em Música (EUA) e patrocinado pela Yamaha, por seu instrumento – bateria. Ele estará aqui para ex-

cutar sua composição original feita para Boa Noite. Já na se –

Foto de Manuel Torres gunda da parte da trilogia, Eufrasio Frates improvisa, ao vivo, a trilha sonora de Eros Impromptus: Crotoxina 70 junto com o cibercenário de Tania Fraga. E na última performance Valéria Lehmann, compositora, executa o violoncelo que é dá nome a performance Ouvindo e dançando um solo de violoncelo que comemora o encontro entre voz, movimento, animação de texto e lego em uma leitura bem humorada da dor da solidão. Essas montagens são apoiadas pelo Fundo da Arte e da Cultura – FAC

Soraia Silva é bailarina, formada pela Unicamp; mestre em Artes na área de Dança/Unicamp doutora em Teoria Literária/UnB e Professora no Departamento de Artes Cênicas da UnB e coordenadora do CDPDan. Dedica-se ao estudo da linguagem da dança em interação com outras linguagens.

1ª performance:

Boa Noite

Performance envolvendo as linguagens do vídeo, da música e da poesia, tendo como foco central a construção expressiva da cena a partir do poema estímulo, Boa Noite de Castro Alves, de 1868. A concepção cênica do movimento expressivo se desdobrará a partir do estudo aprofundado das imagens e estruturas poéticas vinculadas à linguagem do movimento, da animação cenográfica e da música como resultado de pesquisa integrada entre o Laboratório de Pesquisa em Arte e Realidade Virtual, o Centro de Documentação e Pesquisa em Dança Eros Volúsia, ambos da UnB e o Departamento de Música da Universidade de Évora Portugal.

Ficha Técnica:

Composição e Performance Musical: Eduardo Lopes

Performance Coreográfica e direção geral: Soraia Silva

Assistente de direção: Laura Virginia

Animação Cenográfica: Suzete Venturelli, Mário Maciel e Ronaldo Ribeiro da Silva

Luz: Caco Tomazzoli

Som: Glauco Maciel

Figurino: Soraia Silva e Flávia Amadeu

Dia 1º de outubro de 2008 (quarta)

Auditório do Museu Nacional e Complexo Cultural da República (Esplanada dos Ministérios)

Às 20 horas

entrada franca

indicação livre

2ª performance:

Eros Impromptus: Crotoxina 70

Baseada em transcriação poética de Soraia Silva sobre o poema "Samba" (1938) de Gilka Machado e sobre a coreografia "Cascavelando" de Eros Volúsia, sobre as quais a autora desenvolve suas pesquisas mais recentes, a performance compõe-se de um diálogo intersemiótico da poesia e da dança com imagens virtuais de Tania Fraga e a improvisação musical de Eufrasio Prates. Além de uma homenagem explícita a Eros Volúsia e Gilka Machado, a obra-ensaio é uma antiode ao amor, uma celebração à lentidão da dúvida, ao arrastar selvagem do tempo primitivo que fecunda o movimento-vida da dançarina, um ato sublime de amor, a relação, o ponto de encontro entre o abstrato e o concreto, uma parturição de luzes na escuridão da impossibilidade, da Eva em seu primeiro encontro com a serpente, à expulsão do paraíso, ao ventre prenhe do som divino. O subtítulo alude aos 70 anos de descoberta do antídoto à Crotoxina, veneno da cascavel, que mata rapidamente a vítima por parada respiratória. O público é chamado a participar da obra lendo ao microfone palavras e expressões do poema de Gilka e Soraia, projetados ao solo. Essa projeção vertical se cruza à projeção ao fundo das imagens de Tania Fraga, formando um cubo virtual tetradimensional onde se encontram os textos poéticos, as imagens digitais, os movimentos coreográficos, os sons e as vozes.


Ficha Técnica:

Composição e Performance Musical: Eufrasio Prates

Performance Coreográfica e Direção Geral: Soraia Silva

Assistente de Direção: Laura Virginia

Cibercenário: Tânia Fraga

Animação: Ronaldo Ribeiro da Silva

Luz: Caco Tomazzoli

Som: Glauco Maciel

Figurino: Soraia Silva e Flávia Amadeu

Dia 2 de outubro de 2008 (quinta)

Auditório do Museu Nacional e Complexo Cultural da República (Esplanada dos Ministérios)

Às 12h30

entrada franca

indicação livre

3ª performance:

Ouvindo e dançando um solo de violoncelo

Performance elaborada a partir do poema Ouvindo Um Solo de Violoncelo de Gilka Machado. O poema é marcado por um recurso de pausas, estrofes separadas por longas reticências. Com suas pausas a autora leva o observador a participar da criação da obra, sendo conduzido por esta na sua própria indefinição, ou na sua própria sedução do indefinido hipnótico, com a voz da sua própria dor, nesse coral sinfônico da dor musical universal. Todo esse movimento musical de lamento, das vozes que ressoam dentro, fora, isoladas ou em coro, em sobreposições cromáticas, evocadas em estrofes curtas ou em gestos longos, no poema e na dança, falam da espera e do preenchimento de vazios com elementos melódicos e rítmicos. A performance comemora o encontro entre voz, movimento, animação de texto e lego em uma leitura bem humorada da dor da solidão.

Ficha Técnica:

Violoncelo: Valéria Lezau Lehmann

Performance Coreográfica e Direção Geral: Soraia Silva

Assistente de Direção: Laura Virginia

Voz em off: Juçara Batichott

Animação de Texto e de Lego: Ronaldo Ribeiro da Silva e Antonio Candido Silva da Mata

Luz: Caco Tomazzoli

Som: Glauco Maciel

Figurino: Soraia Silva e Flávia Amadeu

Dia 4 de outubro de 2008 (sábado)

Auditório do Museu Nacional e Complexo Cultural da República (Esplanada dos Ministérios)

Às 13h30

entrada franca

indicação livre

Essas montagens são apoiadas pelo Fundo da Arte e da Cultura – FAC

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